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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

La Amistad


Quanto vale uma amizade?...
Vale a perda dela?
Vale a audição de palavras perdidas no meio de sentidos contrários?
Vale a dor da ausência de alguém querido?

Nossas amizades, pessoas que escolhemos para caminhar nessa estrada louca da vida, fazem com que nós paguemos preços não tão baratos para tê-las.
Certos momentos fazem com que o valor de nossas amizades sejam auditados e contabilizados. As vezes pagamos o preço da distância, em outros momentos o preço das escolhas contarias e também o preço do amor...
Ah, o amor! Sentimento tão bonito, tão puro e tão limpo... Que de uma hora pra outra faz tão mal as amizades. Mas como isso acontece? Nas amizades não há amor?
Sim, claro que há... Mas é outro tipo de amor, o amor fraterno.
O amor carnal, o amor de querer ter, de estar junto com alguém, o amor egoísta... Esse sim faz mal as amizades, pois separa os amigos. Quem nunca se afastou de um amigo (a), pois o (a) mesmo (a) começou a namorar alguém?
É fato que os relacionamentos separam os amigos, sem dúvida alguma! Mas isso vale? Será que o ‘amor-egoísta’ tem todo esse poder de nos completar assim? Confesso que sou uma pessoa apaixonada, mas nunca deixei meus amigos por um amor.
Talvez a vida tenha me ensinado que os amores vão, mas as minhas amizades sempre estarão comigo quando o amor se acabar, ou talvez eu nunca tenha me contagiado com essa cegueira que o ‘amor-egoísta’ propicia a quem o sente. Mas da mesma forma que existe o amor-egoísta, também existe a amizade-materna, aquela que quer sempre nos proteger, sempre nos resguardar do pior, que passa por cima de tudo e todos os limites para nos proporcionar (a seu ver) o nosso bem.
É tão poético, que chega ser piegas de tão bonito. Mas como eu disse,  a amizade-materna peca na falta de limites, na falta de liberdades, ou melhor, na maior liberdade de se meter, comentar, e questionar assuntos que não lhe cabem resolver. Suas intenções são boas, ótimas por sinal; mas seu nome já diz que o sentido do materno é querer sempre fazer, decidir e tomar as decisões por nós.
 Tanto o amor-egoísta quanto a amizade-materna são lindos, têm excelentes intenções, porém conseguem magoar quando não alcançam o objetivo que traçam. Se você sente que tem um (ou os dois) sentimento (s); pondere suas ações, pense muito bem sempre no que vai falar e escolha com calma as palavras para você não se magoar ou ser magoado. É fácil não enxergarmos que alguém quer apenas o nosso bem, ou que queremos o bem de alguém e a pessoa não vê ou dar valor as nossas ações; mas será que não estamos ultrapassando barreiras e querendo assumir responsabilidades que não são nossas, ou até mesmo dando valor excessivo a coisas que nos cegam? Vale a reflexão...

Se você ama, dê espaço, saiba dividir e ser dividido.
Se você é amigo, dê os melhores conselhos, mas apenas quando lhe pedirem; sobre tudo esteja ao lado sempre!

A amizade é algo muito importante, pra termos que pagar o preço da perda!

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