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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Minha Guerra de 2012


Esse ano foi um tanto conturbado, foram muitas coisas que aconteceram em curtos espaços de tempo que nem eu vi passar. Foram tantos os sentimentos, que não conseguir reagir bem a eles, e isso porque ele nem acabou.
Tive uma guerra particular travada dentro de mim, e no meio disso tudo a expectativa por resultados, algumas perspectivas, perdas e conquistas. Nessa guerra, apesar de eu não ser o combatente direto, fui o maior perdedor. Dentro de mim, lutaram minha cabeça e meu coração!
Meu coração, coitado! Há anos ao meu lado me incentivando, me ajudando, me escutando, e apesar das marcas que a vida lhe deu e dos tropeços no caminho, manteve-se ali firme, robusto, e em constante crescimento e amadurecimento de acordo com o passar dos anos, mas chegara a um momento de cansaço...
Minha cabeça, tadinha! Apesar de tranquila era muito direta, inteligente e independente. Analisava como ninguém as oportunidades e se rendia àquilo que julgava como o que me levaria pra meus trilhos certos, mas será que seu trato com as coisas, seria tão compreensivo assim...??
O meu coração já errou comigo inúmeras vezes, fez besteiras que me machucaram demais; mas também se dedicou como nunca alguém fizeste antes. Meu coração sempre se doou a mim, sempre esteve ao meu lado, sempre me incentivou até mesmo em momentos que não tinha incentivo a dar nem pra si mesmo. Meu coração esteve ao lado, me amou e se dedicou como ninguém jamais fez na minha vida.
Minha cabeça, quando decidi dar ouvidos a ela, e assim dar a oportunidade para que ela me guiasse; se mostrou diferente, fez o contrario e me fez falta, fez coisas maravilhosas e nunca falhou comigo em nada. Minha cabeça me trouxe sensações e certezas que com o tempo, tinha perdido com meu coração. Trouxe-me novo ar, uma forma diferente, e sensações, fez com que eu me sentisse de igual pra igual com sua intelectualidade e segurança nas previsões.
Meu coração, coitado! Eu o magoei... Menti com o intuito que pudesse buscar sua felicidade, me sacrifiquei para que pudesse alcançar que o desejara, e que eu não podia lhe dar naquele momento. Não era justa a espera, não era justa a dedicação sem retorno naquele momento... E no abrir mão, me senti perdendo meu coração, sem ele não poderia continuar, sem ele não haveria mais cor. Meu coração me amou como ninguém jamais me amou antes, cometeu seus muitos erros sim, mas também fez de tudo para concerta-los, e eu não fiz nada para perdoá-los.
Minha cabeça, meu pai! Como a fiz confusa! Não sabia o que fazer nessa situação, não sabia como agir, e nem o que esperar. Minha cabeça quis deixar em minhas mãos o fazer da escolha, lutava sem demonstrar, entrava no jogo já admitindo a derrota, sendo que eu não conseguia dar nenhum resultado.
Meu coração acendeu, ele nunca tinha morrido como eu havia pensado, estava apenas adormecido por causa do cansaço, do desgaste... Mas o que é verdadeiro nunca morre!
Minha cabeça sem entender, e nem ao menos saber como agir, se diminuiu perante a batalha, se escondeu por detrás de suas duvidas, medos e desconfianças. Minha cabeça viu em mim suas coisas do passado, tirou conclusões transparecendo que havia me entendido, mas na realidade não aceitava e não entendia. Me confundiu com coisas que haviam ocorrido antes de mim, achando que eu era apenas mais um dentre tanto erros. Uma pena chegar a essa conclusão e não acreditar que eu pouco disse, pouco porem real.
Minha cabeça agiu sozinha, perdida e desconsolada. Se viu isolada, e sem um caminho para trilhar. Minha cabeça perdeu a paixão, e agora mais racional que nunca, reencontrou seu caminho habitual para esquecer e seguir em frente. Caminho este percorrido em outrora porem com resultados que a meu ver, lhe faziam mais sofrer e se isolar, do que resolver o que havia de pendente, sem se amargurar.
Meu coração está me trazendo de volta o que eu havia perdido antes, esta pulsando dentro de mim, me fazendo pleno e feliz mais uma vez. Nunca duvidei da sua capacidade de me fazer viver, nunca me vi sem ele, tive que quebrá-lo para sentir a falta que me faz.
Espero que minha cabeça consiga um dia levar em consideração também os sentimentos vindos de um coração; não quero que entenda ou aceite. Apenas quero que respeite de forma verdadeira, pois aceitando algo com mágoa, não chegamos à plenitude e serenidade.
Minha cabeça me deu muito, me fez esquecer tudo, me fez desejar um mundo novo. Espero que um dia minha cabeça consiga ver que apesar das tentativas, o coração com suas ações e reações mudam nossa vida, e ultrapassando até nossa própria vontade.
Esse foi meu ano de 2012, e o ano nem acabou... Mas acho que já foi o suficiente, esse guerra interna que vivi me consumiu energias e sentimentos demais. That was enough!
Quem venha 2013, porque 12 já foi pra mim!


Eu sempre desejei a perfeição. Sempre busquei aquilo que seria perfeito pra mim, porém tive que encontrar essa perfeição, para chegar à conclusão que não queria perfeição... Sempre quis algo completo, algo que me completasse, e isso meu coração sempre fez e eu não conseguia ver!