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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

La Politique

Acho estranho que nesse ano eleitoral em nenhum momento eu falei de política. Não que eu não goste (respiro isso), mas to pra falar que esse ano esta sendo podre. A falta de opção em relação a candidatos, as bizarrices políticas, tiriricas, garotinhos, vergonhas nacionais...

Pra se ter uma noção, anulei meu voto para 2º senador, alem de poucas opções, nenhum passava confiabilidade. Lembro que desde minha época de ensino fundamental, no João XXIII, a orientadora educacional falava que nós tínhamos por obrigação votar em um candidato, que não poderíamos jamais anular ou votar em branco, pois não estaríamos exercendo nossa cidadania. Aí lhes pergunto: eu quando as opções existentes não são merecedoras de nosso voto? De nossa confiança? Se forem corruptos, ladrões? Como proceder?
Acho que é meu direito exercer minha cidadania ou não, apesar que votando em branco ou nulo, estou exercendo muito bem minha cidadania, querendo evitar que meu país fique a mercê de uma corja que não larga o poder. Seria minha forma de protesto e exigência de candidatos melhores e mais preparados.
O único candidato, aliás, candidata que teve meu total apoio e que pela 1º vez fez com que eu buscasse votos para ela foi a Marina. Uma pessoa competente, de uma índole invejável, de uma postura e respeito pelo cidadão, que eu nunca vi em nenhum político.

Me recordo que quando fiz 16 anos, fiz uma enorme campanha para que meus amigos tirassem o título de eleitor, e isso foi algo marcante pra mim. Não sei, mas incentivar meus amigos a parar de reclamar de política e do país, e convence-los a fazer parte dessa mudança que tinha que começar por nós, pra mim foi um salto prematuro para uma vida adulta e mais responsável. Muito válido, diga-se de passagem!
Nas eleições de 2002, votei no Lula sem piscar. Via a mudança nele, e sejamos sinceros: MUITA COISA MUDOU. Algumas coisas pra pior, mas com certeza, muita coisa pra melhor.
Já em 2006, titubeei e no 1º turno votei no Cristivam Buarque. Foi no período em que estourou o escândalo do ‘mensalão’. O fato do Lula pronunciar seu desconhecimento pelo caso (algo que ele deve admitir conhecer em alguma autobiografia que ele deve lançar daqui a 20 anos), me fez questionar a capacidade dele, de escolher as pessoas que estavam a sua volta.

Vamos falar a verdade, o PT sem o Lula não é nada. Até ele sabe disso!
Hoje, ele e o PT (que não quer largar o osso), transformaram o ‘patinho-feio’ em cisne da noite para o dia. Uma mulher dura, grossa, sem carisma (coisa que o Lula tem), pouco convincente, e totalmente artificial.
Contra ela, esta um candidato que faz as coisas pela metade: abandona a prefeitura de São Paulo pela metade, o governo estadual pela metade, que peca na forma de acusar, faz escolhas piores que as dela (vide Índio da Costa, seu vice), e busca apoio das mais baixa personalidades existentes no Brasil (loucos e psicóticos como Silas Malafaia). E será que se ele ganhar as eleições, também não deixará o Brasil pela metade?
Silas Malafaia em um de seus outdoors espalhados pela região metropolitana do Rio


Mais uma vez, eu (e milhões de brasileiros) não temos opções, temos que escolher entre uma opção ruim ou uma opção mal-feita. Dúvida cruel.
Mas se a mulher ganhar, vai ser mérito total do Lula, e não do partido; já que o PT se mostrou tão tucano, quanto os tucanos são petistas.


Pelo menos hoje, eu tenho uma opção: votar NULO mais uma vez, ja que estou refletindo muito sobre isso. Não sou obrigado a participar dessa zona que as eleições desse ano se transformaram. Nas propagandas de TV, vemos todos os dias a baixaria, é desperdiçado tempo com acusações, do que com soluções. Lamentável!
Mas acho que fiz minha escolha...

“2014 somi nozes!!”

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